Desde que a pandemia do coronavírus se espalhou pelo mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta os países sobre os riscos que a doença traz para a saúde dos idosos. Por serem grupos de risco, eles estão mais propensos a contraírem a doença.
O alerta, porém, não vem à tona. É fato que, com o passar dos anos, as células do corpo vão perdendo a capacidade de se regenerar. Com isso, há alterações naturais no sistema imunológico.
Uma pesquisa britânica publicada no British Medical Journal em 2020 revela, por exemplo, a suscetibilidade dos idosos, justamente por causa dos problemas que costumam aparecer no grupo acima dos 60 anos, como doenças cardíacas e fragilidades do pulmão.
Quarentena, como enfrentar?
A quarentena veio como a solução principal para inibir a propagação do coronavírus. Mas como qualquer medida restritiva, ela também apresentou desafios para todos, principalmente os mais velhos.
Além de terem que lidar com a solidão do momento, muitos não conseguem compreender os riscos da doença. Cabe às pessoas que convivem com eles, então, explicar a gravidade da situação, de modo que se sintam confortáveis em permanecer em quarentena.
Saúde mental, toda atenção é necessária
Como já mencionamos, problemas de saúde mental são comuns nesse momento, justamente por causa da insegurança, da ansiedade e da tristeza da situação, sem ser possível sair de casa e rever os familiares e amigos.
Aliás, os idosos estão mais vulneráveis à solidão e, como consequência, estão propensos ao suicídio.
Dados do Ministério da Saúde mostram que a taxa de suicídio no Brasil é maior em idosos acima dos 70 anos, com 8,9 mortes a cada 100 mil.
Para fazer com que a quarentena seja mais agradável, vamos conhecer algumas dicas apontadas pelo médico Dráuzio Varella.
Proponha diálogos: idosos gostam de conversar. Portanto, é essencial que eles se sintam integrados na família. Deixá-los contar histórias, recuperar lembranças e fazer atividades juntos é uma ótima forma de manter a conexão.
Participe de leituras, filmes ou jogos: as pessoas mais velhas também gostam de filmes, livros e jogos de tabuleiro, por exemplo. Converse com elas sobre gostos pessoais e permita que se expressem.
Aproveite para ensiná-las sobre tecnologias, tais como ver vídeos de interesse no YouTube ou Netflix.
Mantenha a rotina: manter uma rotina é essencial para fazer os dias melhores. Então, tente ajudá-las a criar hábitos de acordar sempre no mesmo horário, preparar refeições equilibradas e dormir pelo menos oito horas diárias.
A Organização Mundial da Saúde também alerta para que, os idosos que vivem sozinhos tenham sempre à disposição números de serviços emergenciais, como SAMU e táxi de confiança. Também é interessante aprender a pedir comida ou remédios por aplicativos.
Além da mente… O corpo também requer cuidados
Fazer atividades físicas é uma forma de combater os problemas que atingem a saúde mental, como ansiedade e depressão, além de revigorar a saúde física e prevenir doenças. Por isso, a quarentena pode ser uma oportunidade para rever os espaços de atividades.
Se na casa tiver quintal, os idosos devem utilizá-lo para os exercícios, como caminhadas e corridas leves para quem consegue. Caso seja em apartamento, verifique se há áreas de lazer que estejam liberadas e possam ser utilizadas para esse fim, mas sem esquecer de utilizar a máscara.
Aliás, uma boa forma de manter uma vida saudável é conhecer os segredos dos japoneses. Eles sabem que mente ativa, corpo ativo e conexão com a natureza é uma boa combinação.
O que não fazer com os idosos?
Não é porque a pessoa chegou à terceira idade que deve ser tratada como criança. Sendo assim, mesmo em tempos de pandemia é essencial estimular a independência do idoso, evitar subestimar a inteligência deles.
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