Nada mais incomodo do que sentir dor: independente do problema de saúde, se ela aparece, é porque nosso organismo está querendo nos sinalizar que há alguma alteração, sendo um mecanismo de defesa ou alerta. Segundo a Sociedade Brasileira para Estudo da Dor, “dor pode ser definida por uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada ou relacionada a lesão real ou potencial dos tecidos”.
Contudo não é fácil mensurá-la, uma vez que se trata de algo bem subjetivo, com características peculiares a cada indivíduo de forma que cada um consiga caracterizar de uma forma diferente de acordo com suas vivências, sofrendo variações de acordo com sua qualidade e intensidade, sendo fortemente afetada por condições afetivo – motivacionais.
Na prática clínica é considera por muitos como avaliação do quinto sinal vital sendo tão importante quanto aferição de temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória; sua mensuração se faz de extrema valia para que se possa aplicar tratamento adequado à condição dolorosa, verificar resultados da intervenção analgésica, servir como medida para basear tratamento ou conduta terapêutica, sendo um parâmetro de rastreio e avaliado a cada sessão de tratamento.
Aspectos a serem avaliados
A fim de melhor caracterizar a dor devemos sempre observar localização, intensidade, frequência, fatores que desencadeiam piora e melhora da experiência, assim como característica como dor em pulsação, dor em pontadas, queimação, entre outras.
Tipos de escalas visuais mais utilizados
Neste tópico falaremos das escalas mais utilizadas na prática clínica por poderem ser aplicadas no público em geral e ser de rápida e fácil aplicabilidade.
Na Escala Visual Analógica a idéia é que por meio dela o paciente indique o quão intensa é a sua dor, atribuindo notas de 0 a 10, considerando a dor inexistente até o pior nível de dor que já sentiu: esta se apresenta sob forma semelhante a uma régua.
Esta pode também ter apresentações com faces indicando o desconforto do indivíduo, sendo melhor compreendida por crianças, idosos e grupos específicos.
Existem outros tipos de escalas aplicadas principalmente a indivíduos em condições específicas como por exemplo escala comportamental para indivíduos sedados onde outros aspectos são avaliados como expressões faciais, movimentação e membros superiores e sua adaptação com a ventilação mecânica.
Escalas multidimensionais podem ser aplicadas também nas quais podemos observar as palavras que os pacientes utilizam para descrever dor levando em conta dimensões sensoriais, afetivas e avaliativas como por exemplo no inventário de McGill: beliscante, atrapalha, aperta, coceira, cortante e por fim o indivíduo recebe uma pontuação.
Outras possibilidades são aplicação do breve inventário de dor e questionários de rastreios para condições específicas como por exemplo sintomas de dor neuropática.
Fisioterapia no tratamento da dor
De fato, podemos ver que a dor se torna um evento muito impactante no dia a dia dos indivíduos, onde sua presença pode acarretar prejuízos a vida social e física tanto da pessoa que está com ela quanto de seus familiares.
A fisioterapia além de ser uma aliada as complicações geradas no corpo por instalação de quadro álgico se mostra de extrema importante por conseguir auxiliar no tratamento de quadros dolorosos sem que seja preciso ou feito exclusivamente tratamento medicamentoso a base de analgésicos e anti-inflamatórios, ficando este indivíduo sujeito a outros acometimentos como dependência além de desordens estomacais decorrente uso de fortes medicações e outros efeitos adversos, além do fato de não apresentarem efeito a longo prazo.
Desta forma a fisioterapia pode utilizar recursos da eletroterapia afim de promover calor nas estruturas tratadas com intuito de diminuir dor, espasmos musculares, auxiliar mobilidade articular, auxiliar no combate a inflamação por meio de Ondas curtas, TENS, ULTRA SOM e Laser por exemplo, assim como por meio da cinesioterapia prevenir e tratar a instalação de possíveis deformidades, manter ou aumentar a força muscular, mantendo este paciente com maior grau de independência para realização de suas atividades de vida diária, sem que exista influência do quadro álgico no seu dia a dia, além do uso de técnicas manuais para liberação miofascial e relaxamento da musculatura.
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